A pandemia de covid-19 teve impacto negativo na alimentação da população, pois houve um aumento no consumo de alimentos ultraprocessados durante esse período. Esta foi a conclusão do estudo realizado por pesquisadores da Universidade de São Paulo (USP) e da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) que avaliaram o consumo alimentar da população, calculando as prevalências de indivíduos que relataram consumir alimentos in natura e minimamente processados como, por exemplo, batata, mandioca, feijão, carnes em geral, frutas e leite, e de alimentos ultraprocessados como refrigerante, salgadinho, alimentos embutidos e pratos congelados.

O estudo avaliou dados de alimentos coletados pelo Instituto de Pesquisa Datafolha em 2019, 2020 e 2021, com amostras independentes representativas da população adulta, com idade entre 18 e 55 anos, pertencentes a todas as classes socioeconômicas e regiões do Brasil.

O resultado revelou que entre 2019 e 2021 e entre 2020 e 2021, observa-se uma diminuição significativa no consumo de cereais, hortaliças, frutas e sucos de fruta industrializados e um aumento no consumo de refrigerante, biscoito doce, recheado ou bolinho de pacote, embutidos, molhos industrializados e refeições prontas.

De acordo com a pesquisa, os resultados preocupam à medida que o consumo de alimentos ultraprocessados tem sido associado a um declínio no perfil nutricional da dieta e pode refletir negativamente na saúde ocasionando diabetes, obesidade, síndrome metabólica e câncer.

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