Fevereiro chega ao fim e o Brasil contabiliza quase 250 mil mortes pela Covid-19. Não bastasse o fim do auxílio emergencial, que está deixando milhares de famílias sem renda para sobreviver, e a lentidão no processo de vacinação, mais uma vez o governo brasileiro escancara sua negligência diante da crise, dessa vez, com a população do Acre.
Desde sempre o norte do país sofre com o descaso do Estado. Há poucas semanas vivenciamos a calamidade que assolou a população do Amapá, Amazonas e Pará. Hoje, o Acre pede socorro.
Devido às enchentes na última semana, cerca de 130 mil pessoas ficaram desalojadas ou desabrigadas. Simultaneamente, o estado também sofre com o surto de dengue e com a crise migratória na fronteira com o Peru. Até domingo (21), o governo estadual montou 23 abrigos e distribuiu 500 cestas básicas, mas sabemos que esses números não são o suficiente visto a dimensão da crise.
Com a taxa de ocupação dos leitos de UTI em 86%, a situação é de emergência. Segundo pronunciamento do governador, Gladson Cameli, o Acre só tem dinheiro para manter o sistema de saúde funcionando para tratar pacientes da Covid-19 por no máximo mais três meses.
Das várias medidas a serem tomadas, até o momento o Governo Federal se posicionou dizendo que o Presidente da República vai fazer uma “visita” ao estado nesta quarta-feira (24). Fica evidente a negligência e o descaso que, a cada dia, intensificam a política genocida instaurada em nosso país.
Reivindicamos o direito de todas e todos por moradia, comida e saúde!
Exigimos também a prorrogação do auxílio emergencial e a vacinação para todas e todos!
Em tempos de crise, é preciso fortalecer as instituições públicas do país, como o Sistema Único de Saúde (SUS), que assume papel fundamental nas ações de enfrentamento à pandemia no Brasil.
Sem direitos, não há saída para crise!